O que poderia fazer o Estado Português, em Investimento Ferroviário, com aquilo que num só ano, paga de renda às concessionárias de auto-estradas, com uma comparticipação típica de 80% de Bruxelas?
NºOrdem
|
Descrição
|
Observações
|
Estimativa (Milhão €)
|
Comparticipação
(Milhão €)
|
1
|
Variante à Linha do Norte
|
A
|
2500
|
500
|
2
|
Modernização da Linha do Oeste
|
B
|
400
|
80
|
3
|
Eixo Évora-Elvas
|
C
|
800
|
160
|
4
|
Passante de Viseu
|
D
|
600
|
120
|
5
|
Reabilitação da Linha de Cascais
|
E
|
160
|
32
|
6
|
Electrificação do Algarve
|
F
|
60
|
12
|
7
|
Ramal de Faro-Aeroporto
|
G
|
150
|
30
|
8
|
União Oeste-Beira Alta
|
H
|
70
|
14
|
9
|
Reabertura Ramal de Cáceres
|
I
|
70
|
14
|
10
|
Reabertura Covilhã-Guarda
|
J
|
70
|
14
|
11
|
Reabertura Beja-Ourique
|
K
|
60
|
12
|
12
|
Modernização Casa Branca-Ourique
|
L
|
60
|
12
|
13
|
Reabertura Livração-Amarante
|
M
|
20
|
4
|
14
|
Reabertura Régua-Vila Real
|
N
|
30
|
6
|
15
|
Reabertura Pocinho-B.Alva
|
O
|
30
|
6
|
16
|
Electrificação Viana-Valença
|
P
|
20
|
4
|
17
|
Reposição da via Coimbra-Serpins
|
Q
|
50
|
10
|
18
|
Electrificação Coimbra-Serpins
|
R
|
10
|
2
|
19
|
Electrificação Marco-Régua
|
S
|
20
|
4
|
20
|
Instalação CTC Abrantes-Elvas
|
T
|
15
|
3
|
21
|
RIV Pampilhosa-Guarda
|
U
|
200
|
40
|
22
|
RIV Ovar-Gaia
|
V
|
90
|
18
|
24
|
RIV Santana-Entroncamento
|
W
|
120
|
24
|
25
|
Travessia Ferroviária do Guadiana
|
X
|
500
|
100
|
26
|
Extensão da Linha Verde Maia-Trofa
|
Y
|
40
|
8
|
27
|
Reabertura do Ramal de Moura
|
Z
|
200
|
40
|
28
|
Reabertura do Ramal de Aljustrel
|
AA
|
15
|
3
|
29
|
Nova linha Aljustrel-Ermidas
|
AB
|
150
|
30
|
30
|
Ligação a Portalegre-Cidade
|
AC
|
100
|
20
|
Total
|
6610
|
1322
|
A)
Variante
à Linha do Norte. Nova linha com extensão aproximada de 250 Km, entre Carregado
e Vila Nova de Gaia. Estabelecida em via larga dupla, assente em travessa de
dupla fixação (1668mm/1435mm), permitindo posterior migração rápida. Parâmetros
diretores: Raio de Curvatura Mínimo: 8000m; entrevia 4,70m; rampa máxima:
15/1000. Velocidade máxima admissível: 360 Km/h. A Variante, estabelecida no
traçado da LAV Lisboa-Porto constitui a sua primeira fase, permitindo resolver
os problemas estruturais de capacidade da Linha do Norte. Operada na primeira
fase com as unidades CPA4000, adaptadas a 260 Km/h, permite um tempo (sem
paragens) de 90mn entre Lisboa(SA) e Porto(C), para além de grande redução em
outros destinos além-Porto (Lisboa-Braga, 2h15mn; Lisboa-Guarda ou Lisboa-Régua
3h30mn, etc.). Inclui uma só estação intermédia nova: Leiria-Barosa, de
articulação com a Linha do Oeste, assim como desvios de acesso e egresso na
zona de Coimbra, a serem utilizados exclusivamente por famílias de serviços com
paragem na cidade e/ou dirigidos à Linha da Beira Alta.
B)
Modernização
da Linha do Oeste, incluindo duplicação Meleças-Torres Vedras-Caldas ,
electrificação Meleças-Louriçal e variante da Barosa-Leiria, de articulação e
interface com a Variante à Linha do Norte. O segmento Meleças-Torres
Vedras-Caldas atende igualmente ao descongestionamento da A8 nas deslocações
metropolitanas induzidas por Lisboa.
C)
Eixo
Évora-Elvas: parte integrante do Corredor Sines-Espanha, e ainda com valência
de continuidade provisória à LAV-Extremedura, permitindo Lisboa-Madrid em
4h30mn.
D)
Passante
de Viseu: Linha Nova que corrige a debilidade estrutural da Linha da Beira Alta,
passando a servir Viseu. Traçado novo, com 60 Km, entre Santa Comba Dão e
Mangualde, possuindo três estações
intermédias (Tondela, Viseu e Mangualde-cidade), estabelecido em via dupla
electrificada, com parâmetros de 250 Km/h. Incluiria acesso ao Parque
Industrial de Viseu. Permite uma relação Lisboa-Viseu de 3h, pela atual Linha
do Norte, ou 2h30mn, com recurso à Variante à Linha do Norte (ver A).
E)
Reabilitação
incluída no PETI3. Não contempla material circulante.
F)
Electrificação
Lagos-Tunes e Faro-VRSA. Incluida no PETI3.
G)
Ligação
do Aeroporto de Faro à rede ferroviária, através de ramal bifurcado de um ponto
entre Faro e Parque das cidades. Estabelecido em via dupla e electrificado, com
estação intermédia em Gambelas. Projecta a área de influência do Aeroporto de
Faro de Oeste a Leste do Algarve, e inclusivamente a Norte da Região do
Algarve.
H)
União
Oeste-Beira Alta. Com a reabitação integral dos 51 Km entre Figueira e
Pampilhosa, incluindo uma concordância de encaminhamento direto, evitando a
Figueira da Foz, cria-se um corredor entre a Área Metropolitana de Lisboa e
Vilar Formoso, sem necessidade de utilização da Linha do Norte.
I)
A
reabertura do Ramal de Cáceres encurta em mais de 150 Km o encaminhamento de
mercadorias entre Lisboa e Coslada (porto seco de Madrid).
J)
A
reabertura Covilhã-Guarda, prevista no PETI3, re-estabelece a malha ferroviária
do Centro, criando uma redundância estratégica ao acesso deLisboa a Vilar
Formoso e reposiciona a Cova da Beira, integrando-a nas grandes relações
Ibéricas.
K)
A
reabertura Beja-Ourique, re-estabelece a malha ferroviária do Sul, criando uma
redundância estratégica ao acesso de Sines a Espanha e resto de Portugal, e
ainda restabelece a relação funcional Algarve-Alentejo, inexistente desde 2011.
L)
Complementando
o ponto anterior, a electrificação Casa Branca-Ourique, tem ainda a vantagem de
conferir acessibilidade à aerogare de Beja, viabilizando-a com um tempo de 45
minutos dirigido a Pinhal Novo, e outro de 90, dirigido a Sul e ao Algarve, em
complemento da oferta de Faro.
M)
Integração
de Amarante nas relações da Área Metropolitana do Porto.
N)
Re-integração
de Vila Real na rede ferroviária nacional, buna distância-tempo de 40mn até à
Régua.
O)
Primeira
fase de reabertura do Douro Internacional, financiável em sede de Interreg.
P)
Continuidade
da electrificação Nine-Viana.
Q)
Reestabelecimento
do serviço em via larga, como primeira fase de um tram-train similar ao sistema
de Cádiz-San Fernando, em via larga Ibérica, e integrado na rede ferroviária
nacional.
R)
Complementar
ao ponto anterior: electrificação em monofásico, 25 kV 50 Hz, entre
Coimbra-Parque e Serpins.
S)
Electrificação
Marco-Régua e integração da Régua na rede Inter-Cidades.
T)
Instalação
de CTC Abrantes-Elvas, no sentido de aumento de capacidade de gestão do “canal-horário”,
fiabilidade e segurança da exploração.
U)
Renovação
prevista no PETI3.
V)
Renovação
prevista no PETI3.
W)
Renovação
prevista no PETI3.
X)
Ponte
ou Túnel ferroviário de ligação do Algarve a Andaluzia, entre VRSA e Ayamonte,
em via dupla electrificada. Não inclui 50 Km de via nova (dupla, electrificada,
apta a 250 Km/h e de tráfego misto). Entre Ayamonte e Gibraleón (Huelva).
Possibilita Faro-Sevilla em 90mn. E Lisboa-Sevilla em 4h30mn.
Y)
Com
o prolongamento do ISMAI (Maia) à Trofa, a Linha Verde do Metro do Porto
permite um rebatimento directo à Linha do Minho a Norte do Porto, com
benefício nas cargas na rede, impostas
por um padrão de relações funcionais polinucleadas, peculiar à Região Norte de
Portugal.
Z)
A
reabertura do Ramal de Moura, incluindo uma variante e nova travessia do
Guadiana, inscreve-se numa política de desencravamento do território da margem
esquerda do Guadiana, para o qual as soluções rodoviária falharam. A variante
tocaria Serpa, com uma nova estação próxima à povoação. Serpa estaria a 15
minutos de Beja. Moura a 40mn. Serpa estaria a 2h de Lisboa. Moura a 2h40mn.
AA) Renovação e electrificação do cesso
ferroviário ao parque mineiro de Aljustrel.
AB) Articulada com o ponto anterior,
a nova linha Aljustrel-Ermidas, seria parte de um atalho dirigido a Sines,
permitindo ainda uma articulação funcional direta entre Beja e Setúbal, via
Grândola.
AC) Ligação entre Portalegre-estação
e Portalegre-cidade, com o objectivo de desecravamento territorial de Portalegre
e do seu parque industrial. Portalegre estaria a 2h30mn de Lisboa, via
Entroncamento.